Toda família que recebe a notícia de uma gravidez se alegra e inicia uma lista de preparos e expectativas em torno desse bebê. Quando indagados sobre a preferência de seu sexo é comum ouvir que “não importa o sexo, vindo com saúde e perfeito é o que importa”. É motivo de sofrimento, portanto, ter a notícia de que o bebê apresenta algum comprometimento físico e neurológico como a Síndrome de Down (SD). Vários pais passam a viver o “luto” da perda do filho perfeito que fora idealizado. Nesta direção, Pádua e Rodrigues (2013, p. 01) destacam que “[...] é custosa à adaptação da família em relação ao novo cotidiano para com os cuidados da pessoa com deficiência, pois há uma série de afetos contraditórios em relação às expectativas e ideais frustrados, gerando um processo de luto [...]” e esse processo de luto vai desafiar a família, a qual terá que buscar uma forma de superação para que se volte o olhar ao filho que está presente.

Expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down aumentou nos últimos anos, e estima-se que no Brasil tenha-se aproximadamente 300 mil pessoas com essa síndrome. Esses dados não podem ser ignorados, principalmente ao pensar que esses indivíduos estão chegando à idade escolar, o que se torna de extrema relevância discutir junto à comunidade acadêmica, pais/mães e professores quais as especificidades dessa síndrome, bem como buscando estratégias para proporcionar uma inclusão educacional de forma que atenda todas as especificidades desse público destacando seus direitos e possibilidades de adquirir uma maior autonomia.